O capítulo 2 de Neemias começa com sua tristeza. Neemias estava tão triste e tão abatido, que sua tristeza é percebida pelo rei Artaxerxes.
O rei perguntou a Neemias o que estava acontecendo e ele expôs o problema: a situação caótica na qual se encontrava Judá.
Diante da exposição de Neemias, o rei perguntou o que ele queria e Neemias orou e começou a fazer seus pedidos ao rei.
É interessante pensarmos nas atitudes de Neemias.
Primeiro, ele orou. Já temos falado várias vezes sobre a importância da oração. Todo servo de Deus sabe que antes de tomar qualquer atitude, precisamos orar. Se Jesus fazia assim, como não faríamos a mesma coisa? Neemias orou e partiu para a segunda atitude.
A segunda atitude de Neemias foi justamente pedir ao rei que o enviasse a Judá. Sim, ele precisava da liberação do rei. Não sei quantos se lembram, mas Neemias era copeiro do rei Artaxerxes, não podendo sair por conta própria.
Como Neemias não era nada bobo, além de pedir que o rei o enviasse, também pediu ao rei para que lhe desse cartas, para que pudesse passar sem problemas pelos governadores, a fim de que eles o permitissem passar até chegar a Judá. Mas Neemias não parou por aí. Também pediu ao rei que lhe desse uma carta para que Asafe liberasse madeira para a obra, no que foi atendido pelo rei.
Chegando a Jerusalém, gosto de outra atitude de Neemias: ele não falou a ninguém o que tinha ido fazer ali, aproveitando o tempo para uma espécie de reconhecimento do local e para um planejamento.
Há ocasiões nas quais erramos feio por contar tudo aos outros. Queremos espalhar o que fizemos, o que queremos, nossos planos, nossos sonhos..., mas nem sempre é a forma sábia de agir. Precisamos aprender com Neemias: primeiro, o silêncio, ninguém precisa saber. Segundo, observar a situação e planejar o que será feito.
Depois de ter examinado toda a situação, Neeemias reuniu os líderes, contou tudo o que tinha acontecido com ele, por que estava ali, disse o quanto Deus havia guiado todo o processo até sua chegada a Jerusalém e deu aquela injeção de ânimo para que pudessem começar a reconstrução dos muros da cidade. Diante disso, eles só puderam responder “sim” ao apelo de Neemias.
Mas como “nem tudo são flores”, os inimigos se levantaram, afinal, sabemos que toda vez que o povo de Deus age, o diabo fica furioso e convoca seus servos para tentarem atrapalhar.
Os versículos 19 e 20 falam sobre Sambalate, Tobias e Gesém. Esses três, segundo o texto, zombaram dos servos de Deus e os desprezaram, tentando atrapalhar o início da obra. Porém, não quero me deter aqui falando do que o inimigo apronta contra os servos de Deus, no entanto quero frisar a resposta de Neemias para aqueles homens: “Então lhes respondi, e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar: e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém” (Neemias 2:20).
Eu diria que a resposta de Neemias foi “top”. Em nossa linguagem, o que Neemias disse foi o seguinte: “Deus já nos deu a vitória, vocês não podem fazer nada. Faremos a obra que planejamos fazer e vocês não têm nada a ver com isso, porque essa obra é para o povo de Deus e vocês não fazem parte dele.”. Neemias sabia muito bem o que estava fazendo e não daria ouvidos a servos do inimigo, afinal, chegara a hora da reconstrução dos muros.
Wanderson Miranda de Almeida, 17 de março de 2020.
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